O Cabeça de Pirâmide também está de volta. |
DEPOIS DE UMA LONGA ESPERA
Desde então, seis anos de espera se passaram até que finalmente Terror em Silent Hill - Revelação chegou às telonas americanas. Infelizmente, toda a perspectiva que foi gerada com base no primeiro longa foi de longe superada pela decepção. A má aceitação do público e da crítica especializada tem fundamento, já que tudo o que foi desenvolvido anteriormente foi sumariamente negligenciado.
Heather Mason no parque de diversões de Silent Hill. |
O TERROR NÃO ESTÁ EM SILENT HILL
Não há terror e nem mistérios aqui, o previsível salta os olhos a cada cena deixando uma constante sensação de “déjà vu” até mesmo para quem não conhece o jogo. Por mais de uma vez é possível se pegar pensado “Eu sabia que isso ia acontecer!”, o que tira todo e qualquer elemento surpresa da película diminuindo substancialmente a experiência do medo.
Heather Mason no parque de diversões de Silent Hill. |
Por exemplo, numa cena a protagonista está num parque de diversões ao lado do famigerado coelho cor-de-rosa de pelúcia da série de jogos, a câmera foca nela depois no coelho e volta para ela, antes de focar o coelho novamente já há como saber por convicção que o maldito coelho vai se mexer e assim não há mais com o que se assustar.
DE VOLTA À SILENT HILL
Sendo uma continuação direta do primeiro longa e claramente baseado no terceiro game da série Silent Hill, em Revelação vemos Heather Mason (Adelaide Clemens) e seu pai (Sean Bean), em uma fuga constante de forças malignas que eles não compreendem. As vésperas de seus 18 anos, a garota é perturbada por pesadelos povoados por criaturas e eventos bizarros e como se não bastasse seu pai desaparece misteriosamente.
Nem as enfermeiras salvaram o filme. |
Desesperada para encontrá-lo, Heather vai à Silent Hill com ajuda de Vincent (Kit Harington), um garoto que estuda no mesmo colégio que ela. Chegando à cidade fantasma não há enigmas e nem história convincentes para justificar todas as questões levantadas na trama, restando apenas fugir de alguns monstros até os créditos subirem pela tela.
TÁ TUDO ERRADO NESSA CIDADE!
Os equívocos seguem junto à parte técnica. Enquanto o filme de Christophe Gans soube usar as referencias artísticas do jogo, Michael J. Bassett não soube ao menos manter o mesmo nível qualidade. Os cenários fora de Silent Hill agradam e sugerem boa imersão, mas na cidade que dá nome ao longa tudo é muito pobre, não se tem a ilusão de uma localidade e sim de um cenário montado.
Alessa não é mais aquela... |
Os efeitos especiais também não evoluíram muito com o tempo e isso fica evidente na “neblina” que assola a cidade, muitas vezes esta parece estar percorrendo a tela e não o cenário. A computação gráfica também é fraca assim como a maquiagem dos monstros. Por falar neles, as criaturas que perambulam neste filme são as mesmas do filme anterior – com exceção de uma espécie de aranha gigante feita com peças de manequins.
CONSIDERAÇÕES
"Reza a lenda" que Silent Hill iria para o cinema em forma de uma trilogia e seguindo o desfecho deste filme isso passa a ser provável, mas se seguir a qualidade do mesmo e aceitação de público a franquia da Konami talvez não veja as telonas novamente tão cedo – assim espero.
AVALIAÇÃO: Rum
FICHA TÉCNICA
TÍTULO ORIGINAL: Silent Hill: Revelation 3D
GÊNERO: Terror, Aventura
ORIGEM: EUA
ANO: 2012
DIREÇÃO: Michael J. Bassett
ROTEIRO: Michael J. Bassett
ELENCO PRINCIPAL: Adelaide Clemens, Kit Harington, Carrie-Anne Moss, Sean Bean e Radha Mitchell
Confira o trailer de Terror em Silent Hill - Revelação:
Por Jeferson dos Santos
Veja também a crítica sobre Terror em Silent Hill.
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