REVIEW | BATTLESHIP - A BATALHA DOS MARES


O filme Battleship – A Batalha dos Mares mesmo com uma boa campanha de marketing não teve muita repercussão, provavelmente devido aos grandes blockbusters que invadiram as telonas ao longo do ano de 2012. O longa-metragem foi dirigido por Peter Berg (O Reino e Colateral) sob a licença da Hasbro, que detém os direitos sobre o jogo de tabuleiro Batalha Naval, que em inglês dá nome ao filme.

DOS TABULEIROS ÀS TELONAS

Sim, o filme é inspirado no jogo Batalha Naval e foi roteirizado por Jon Hoeber e Erich Hoeber, num reflexo claro de que a Fábrica de Sonhos passa por uma crise criativa, mas ao mesmo tempo prova que Hollywood consegue transformar qualquer coisa em filme. A Batalha dos Mares não é excepcional, da mesma forma que não é uma calamidade pública, sendo aceitável do início ao fim e sem gerar grande expectativas ou frustrações. 

Tecnicamente, o filme de Peter Berg é muito bem feito, trazendo efeitos visuais que enchem os olhos e sonoplastia que garante a imersão em suas cenas de ação e combate... Se bem que, com os recursos tecnológicos disponíveis hoje não é difícil sanar essas alegorias cinematográficas exigidas nas superproduções. O filme Distrito 9, de Neill Blomkamp, é um ótimo exemplo de uma produção de baixo orçamento e alta qualidade estética.

ELENCO DESEQUILIBRADO


Se visualmente Battleship faz bonito, quando o assunto é atuação ele deixa muito a desejar. De cara, é perceptível que o longa não exige uma reinvenção dos atores, tanto que o gênero nem pede por isso, mas a massiva personificação estereotipada por parte do elenco faz a película ser descartável, praticamente uma Sessão da Tarde.

Liam Neeson, que vive o almirante Shane, marca presença sendo um dos poucos atores com “A” maiúsculo dentro do filme e apesar de breve sua participação é de certa relevância na conclusão dos eventos dentro da trama. Somando a curta lista de bons atores temos o ator japonês Tadanobu Asano, que vive o Capitão Nagata, entretanto este é pouco conhecido no ocidente.

Ainda no elenco principal, temos a cantora Rihana fazendo caras e boca e que sem esforço nenhum prova por A+B que ela é pior atuando do que cantando. Tudo bem que sua personagem é insignificante na história, pois qualquer outro ali poderia assumir suas ações e o filme seguiria normalmente, mas chega a ser deprimente a falta de naturalidade da cantora frente as câmeras. De resto A Batalha dos Mares é composto por atores medianos, mas que cumprem o papel dentro do que é proposto.

BATALHA NAVAL

No loga, a NASA envia um sinal por meio de um satélite em direção a um planeta com condições climáticas semelhantes ao nosso. Mas, para surpresa da agencia espacial norte-americana o sinal é respondido e seguido por uma invasão alienígena, que na investida desabilita do poder militar dos EUA, menos a marinha.

Os fuzileiros estavam em alto mar num um evento colaborativo intercontinental e é lá que eles se deparam com as naves inimigas, que com um campo de força isolam uma enorme área deixando de fora do combate muitos outros navios. Claro que isso é a desculpa perfeita pra se colocar em prática a metodologia de combate do jogo da Hasbro, pois o perímetro marcado pelos extraterrestres acaba servindo como um grande tabuleiro. A ideia funciona muito bem e fica tão divertido quando o jogo.

Um dos pontos alto do filmes é quando a marinha não tem mais navios para combater a última nave alienígena, exceto por um encouraçado usado na Segunda Guerra, analógico e sem nenhum sistema eletrônico de navegação ou de combate. Nessa ocasião, os jovens fuzileiros por não saberem manusear a embarcação se vêem na condição de solicitarem ajuda dos veteranos de guerra que momentos antes eram homenageados durante o evento..

CONSIDERAÇÕES

Em suma, o filme é divertido mesmo sendo previsível e é carregado por ótimas musicas do AC/DC. Sem comparações ou apologias, mas ao termino de Battleship – A Batalha dos Mares é inevitável pensar que Peter Berg fez no mar o que Micheal Bay não fez na terra com seus dois últimos filmes da trilogia Transformers: um filme plausível.

AVALIAÇÃO: Regular

FICHA TÉCNICA
TÍTULO ORIGINAL: Battleship
ORIGEM: EUA
ANO: 2012
DIREÇÃO: Peter Berg
ROTEIRO: Jon Hoeber, Erich Hoeber
ELENCO: Principal: Alexander Skarsgård, Brooklyn Decker, Liam Neeson e Tadanobu Asano

GÊNERO: AÇÃO, AVENTURA, FICÇÃO CIENTÍFICA

Trailer de Battleship – A Batalha dos Mares:



Por Jeferson dos Santos

0 comentários:

Postar um comentário


Comente, discuta, opine sobre o filme e a postagem de forma saudável.

Curta. Compartilhe. Divulgue. Divirta-se.

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...