REVIEW | SHADOW OF THE COLOSSUS


Shadow of the Colossus ou Wander and the Colossus como é conhecido no Japão, foi lançado para Playstation 2 em Outubro de 2005 pela Sony Computer Entertainment (SCEI) causando forte impacto na indústria de games da época. Ele já disputava lugar como utros já consagrados no mercado como Resident Evil 4 e Devil May Cry 3 – ambos da Capecom – mas trazia uma proposta completamente diferente de qualquer jogo já lançado até então.

Criado por Fumito Ueda e Kenji Kaido, foi um projeto ousado que visava levar o jogador à dimensão do personagem não pelo número de balas ou de "quilômetros por hora", mas sim pela arte, pela imersão e pela perfeição.

Mesmo após o bom recebimento da crítica e um alto número de vendas, SOTC também teve um marketing pesado por parte da Sony que divulgou o jogo nas redes sociais e em vários sites como forma de alavancar ainda mais sucesso e as venda do game.

Os controles são simples e respondem com precisão, em entrevistas posteriores os diretores disseram que queriam fazer um game voltado pra áudio e pro visual, não tanto para o número de controles ou peripécias que o protagonista era capaz de fazer. Um detalhe interessante sobre a jogabilidade é que Agro, a égua de Wander, nem sempre responde aos comandos que são dados: "Ora, uma égua não obedece sempre que o seu dono manda não é mesmo?", foi o que ambos disseram à imprensa. Admitem, no entanto, que tiveram que encontrar um equilíbrio entre a frequência da resposta dela, pois não podiam sacrificar a jogabilidade pelo realismo. Conudo, a única ferramenta que deixa a desejar é a câmera, já que muitas vezes não tem como saber se está lutando contra o Colossu ou contra ela.

O motor gráfico usado em Shadow of the Colossus não teria nada de surpreendente se Fumito e Kenji não fossem perfeccionistas natos. Em outra entrevista ambos disseram: " Nós eliminamos a presença de inimigos, assim todos podiam trabalhar apenas nos colossus.", isso por que ele queria um personagem que respondesse da forma realista, usando o movimento do colossu a seu favor, ou não. O time se focou em tornar os colossus o mais natural possível e o resultado não foi diferente do planejado.

A trilha sonora é um dos pontos de maior destaque no game. Composta por Kõw Otani, foi considerada uma das melhores trilhas sonoras de todos os tempos. Deve-se levar em conta também que o ambiente do jogo antes de chegar perto de algum colossu é completamente silencioso, os produtores disseram que era para dar a Wander uma impressão de solidão e às batalhas um cenário épico. Kõw Otani já trabalhou para trilhas sonoras de animes como Gundam Wing (1995) e City Hunter (1987),em games como Sky Odyssey (2001) e também para alguns filmes Godzilla , Mothra of King Ghidorah (2000) e Gamera (1995). Mas, Sua notoriedade como compositor só foi reconhecida após Shadow of the Colossus.

Não se sabe muito sobre o personagem, os roteiristas trabalharam para que este não fosse o ponto mais importante do jogo. Sabe se apenas que Wander chega até o templo da "Terra Proibida" carregando o corpo de Mono que está morta. Por alguma razão ele quer revivê-la, mas para isso terá que destruir os ídolos vivos que cada estátua dentro do templo representa e para isso sai numa jornada em busca deles.

SOTC representa um novo conceito no seguimento de games, um trabalho ousado e majestoso que se volta mais à arte que à diversão em alguns aspectos, pois prioriza a imersão e quando alcança isso o sentimento é de solidão, aventura e coragem.

Shadow of the Colossus é um game que vale as dez horas na frente da TV, pois valoriza a experiência do jogador, contemplando-o com ótima direção de arte inspirada em civilizações antigas, com um soundtrack impecável que carrega o jogador no colo durante a aventura e com jogabilidade acessível.

Confira o trailer:

           

Por Allan Pinheiro

0 comentários:

Postar um comentário


Comente, discuta, opine sobre o filme e a postagem de forma saudável.

Curta. Compartilhe. Divulgue. Divirta-se.

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...