SE LIGANDO | APOCALIPSE ZUMBI AO EXTREMO

Cientistas de uma mega corporação farmacêutica fazem experimentos com uma nova vacina a fim de curar uma doença terminal. Os testes em humanos se mostram eficazes no início, mas por algum motivo que os especialistas ainda não entendem as cobaias vem a óbito inesperadamente depois de uma melhora substancial. Horas depois de consideradas oficialmente como mortas, essas pessoas estão de pé e de forma voraz atacam todos que não estão contaminados.

A vacina que salvaria vidas agora desencadeia a morte em forma de um vírus altamente transmissível e que em semanas se transforma numa pandemia generalizada fora do controle até mesmo do poder militar de muitas nações. Assim o apocalipse se dissemina sobre a terra colocando em xeque a existência da raça humana por aqueles que já foram vivos, mas que ainda não estão mortos.

Genérico? Com certeza. Mas, funciona. E não importa "como", "quando" ou "onde", o apocalipse zumbi sempre foi uma temática tão divertida quando assustadora. E hoje a abordagem está em evidencia de forma bem abrangente, se mostrando parte integradora da cultura pop e um fim inevitável para raça humana, seja nos cinemas com o divertidíssimo Zumbilândia (Zombieland), na TV com o conceituado The Walking Dead, na literatura com o inusitado Orgulho e Preconceito e Zumbis (Pride and Prejudice and Zombies), nas histórias em quadrinhos em Os Mortos-Vivos (The Walking Dead) ou em jogos eletrônicos com a famosa série Resident Evil.

Apesar de massivo e multimídia, o assunto ainda vai render mais. Acompanhe.

The Zombie Survival Guide é uma obra do escritor norte-americano Max Brooks publicado nos EUA em 15 de setembro de 2003 pela Crown Publishing Group. O livro mescla engenhosamente humor e terror a fim de servir como um guia de sobrevivência para cidadãos comuns em caso de um possível apocalipse zumbi. No Brasil, o livro foi lançado pela Editora Rocco como O Guia de Sobrevivência a Zumbis - Proteção total contra os mortos-vivos.

A narrativa cinicamente séria (ou seriamente cínica) aborda o famigerado assunto sobre ataques de mortos-vivos e como preparar-se devidamente contra essa ameaça. De forma técnica e simples Max Brooks exemplifica todos os aspectos que envolvem o tema, passando por estratégias de defesa e ataque, armas mais adequada em caso de confronto direto, morfologia e comportamento zumbi, diferenças entre mortos-vivos oriundos de magia, tipo vodu, e aqueles que são gerados a partir de uma infecção – no caso do livro, o autor trata do vírus Solanum.

O guia de sobrevivência foi dividido em sete capítulos:

  1. Os Mortos-Vivos: Mitos e Realidades – Basicamente, fala de como o vírus fictício, Solanum, age e como os indivíduos infectados se comportam, tanto fisicamente quando mentalmente.
  2. Armas e Técnicas de Combate – Fala sobre os diversos tipos de armas que podem e devem ser usadas em combate, evidenciando quais são as mais eficientes entre as armas brancas e as de fogo.
  3. Na Defesa – Estratégia de defesa. Os lugares mais adequados para se proteger de um ataque e como otimizar sua linha defensiva.
  4. A Fuga – Avalia a necessidade de deixar o campo de defesa e quais veículos usar para uma fuga segura e efetiva levando em conta cada tipo de terreno, por exemplo.
  5. O Ataque – Em necessidade de ataque, aqui é descrito quais as melhores formas de ataque para cada tipo de arma e situação.
  6. Vivendo em um Mundo de Mortos-Vivos – Se a infestação de zumbis for de nível mundial, aqui o livro ajuda em como se manter vivo, encontrar um lugar seguro e reconstruir a sociedade.
  7. Ataques Registrados – São relatos de sobreviventes que servem como exemplo de pessoas que lidaram e superaram a eventualidade.
Mesmo tendo muita propriedade em seus fundamentos em suas 352 páginas, o livro é uma obra de ficção, que assim como qualquer outra do gênero é uma crítica social, como incapacidade dos poderes governamentais em conter situações de risco à grande massa, o individualismo norte americano, necessidade de sobrevivência e a falta de razão para existência humana. De qualquer forma, o autor nos deixa dez instruções essenciais para a sobrevivência - e é importante segui-las.
  1. Organize-se antes que eles despertem!
  2. Eles não sentem medo. Por que você deveria?
  3. Use sua cabeça: corte a deles.
  4. Lâminas não precisam ser recarregadas.
  5. Proteção ideal: roupas apertadas, cabelos curtos.
  6. Suba a escada, mas destrua ela depois.
  7. Saia do carro, suba na moto.
  8. Mantenha-se em movimento, fique escondido, fique quieto, fique alerta!
  9. Nenhum lugar é seguro, apenas ainda mais seguro.
  10. O zumbi pode ter ido embora, mas a ameaça permanece.

INDO ALÉM DO GUIA DE SOBREVIVÊNCIA

Os filmes de George A. Romero, tais como A Noite dos Mortos Vivos (1968), Despertar dos Mortos (1978) e Dia dos Mortos (1985), também fazem esse tipo de crítica social e igualmente serviram como base para obra de Max Brooks, que por sua vez rendeu mais dois livros derivados: World War Z: An Oral History of the Zombie War e O Guia de Sobrevivência a Zumbis - Ataques Registrados (The Zombie Survival Guide: Recorded Attacks).


World War Z: An Oral History of the Zombie War foi escrito Max Brooks e publicado pela Crown Publishing Group em 09 de dezembro de 2006. Sendo uma continuação do livro original, este traz uma narrativa em primeira pessoa em forma de um diário de bordo escrito por um militar americano Pós-Guerra. Suas anotações deveriam ser publicadas em um relatório sobre o conflito entre homens e zumbis, mas as Nações Unidas decidiram focar o documento em fatos e personalidades relevantes durante a guerra, assim excluindo os relatos pessoais do agente que abordavam também as consequências da então chamada "Guerra Mundial Z", assim como religião, política e meio-ambiente.

Roteirizado pelo próprio Brooks, O Guia de Sobrevivência a Zumbis - Ataques Registrados é uma graphic novel muito bem ilustrada pelo artista brasileiro Ibraim Roberson e foi lançada em território nacional pela Editora Rocco. Nela, constam registros sobre a existência de mortos-vivos desde 60.000 anos a.C onde pesquisas arqueológicas evidenciam que os zumbis são uma ameaça a humanidade há mais tempo do que são retratados nas mídias de entretenimento.

MAIS ZUMBIS...

Em pé de igualdade com a indústria dos videogames, Hollywood sabe "explorar" muito bem os morto-vivos de formas distintas, por exemplo, nos cinemas este ano temos duas poderosas estreias com abordagens totalmente diferentes sobre o assunto. O primeiro é Meu Namorado é um Zumbi (Warm Bodies, 2013) do diretor Jonathan Levine (50%, 2011). O longa é uma comédia romântica baseada no livro Sangue Quente, de Isaac Marion, que chegou às telonas tupiniquins no dia 08 de fevereiro e, surpreendentemente, vem reunindo boas críticas.

Por outro lado, temos o épico zumbi – e talvez um dos filmes mais aguardado do ano – Guerra Mundial Z (World War Z, 2013) dirigido por Marc Forster (O Caçador de Pipas e 007 - Quantum of Solace) com base no roteiro de Matthew Michael Carnahan. O longa-metragem adapta o livro World War Z: An Oral History of the Zombie War tendo Brad Pitt com protagonista que tenta sobreviver a um apocalipse zumbi. Acompanhe a sinopse:
A história gira em torno do empregado das Nações Unidas Gerry Lane (Brad Pitt) que percorre o mundo em uma corrida contra o tempo a fim de parar a pandemia zumbi que está derrubando exércitos e governos e ameaçando dizimar a própria humanidade.
O longa-metragem já está em cartaz. Confira o trailer de Guerra Mundial Z:



Por Jeferson dos Santos

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