SE LIGANDO | POR ENQUANTO NÃO VEREMOS TODOS OS HERÓIS MARVEL JUNTOS NO CINEMA

Há 11 anos atrás, Homem-Aranha (Spider-Man, 2002) surgiu como um divisor de águas e desde então filmes inspirados em historias em quadrinhos se tornaram uma tendência muito forte na indústria do cinema e fica cada fez mais claro que essa moda está longe de acabar, pois é vasto o público que consome esses derivados da Nona Arte nas telonas, assim como essa parece ser um fonte inesgotável de ideias a serem aproveitadas e re-aproveitadas em Hollywood e por seus executivos.


Atualmente, temos o Universo Marvel em expansão nas telonas, com a Fase Um concluída em Os Vingadores (The Avangers, 2012) e a Fase Dois iniciada em Homem de Ferro 3 (Iron Man, 2013). Entretanto, o que intriga muitos fãs dos filmes de super-heróis da Casa das Idéias é o motivo de não haver sequer menção de encontro entre os personagens já estabelecidos no cinema. Por exemplo, o fato de Homem-Aranha não ser inserido no mesmo universo de Os Vingadores, ou até mesmo Wolverine ou os X-Men, já que todos eles são recorrentes na superequipe variavelmente liderada por Steve Rogers nas HQs.

A explicação para isso é relativamente simples, mas a resolução é complexa, pois implica em burocracia, direitos e dinheiro. Para entender melhor isso, vamos voltar no tempo e observar como os super-heróis foram distribuídos pela Fábrica de Sonhos.

VOCÊS TÊM O DINHEIRO E EU OS PERSONAGENS

Antes da Marvel e suas divisões serem compradas pela Casa do Mickey, o direito de uso de seus personagens já estava dividido entre alguns estúdios de Hollywood. A exemplo, Homem-Aranha estavam e está sob os cuidados da Sony Pictures Entertainment e com a 20th Century Fox estão Quarteto Fantástico e todos os personagens de X-Men, incluindo o Wolverine.


Nos longas Elektra (2005), Demolidor – O Homem Sem Medo (Dare Devil, 2003), os dois filmes de O Justiceiro (The Punisher), Trilogia Blade, Trilogia Homem-Aranha de Sam Raimi e O Espetacular Homem-Aranha (The Amazing Spider-Man, 2012), Trilogia X-Men, X-Men Primeira Classe (X-Men: First Class, 2011) e X-Men Origens – Wolverine (X-Men Origins - Wolverine, 2009) a Marvel Entertainment atuou, por assim dizer, apenas como consultora criativa para os estúdios que os produziram. Desta forma, para a Marvel restaram os heróis menos famosos de seu panteão para serem tratados no cinema quando ela criou sua própria produtora filmes, a Marvel Studio.

E referente ao Motoqueiro Fantasma (Ghost Rider), a Marvel Studio seu envolveu apenas com a produção dos dois filmes do personagem, que foi distribuído pela Columbia Pictures, que atualmente pertence a Sony Pictures Entertainment. Recentemente, os direitos de Ghost Rider regressaram a sua origem. E ao que tudo indica, Demolidor, Blade e Elektra seguiram o mesmo caminho de Johnny Blaze, mas sem previsão de retorno as telas.

No caso de Hulk (2003) e O Incrível Hulk (O Incrível Hulk, 2008), esses foram lançados pela Universal Pictures em parceria com a Marvel Studio. No intervalo de um filme para o outro do gigante esmeralda, a Marvel lançou Homem de Ferro (Iron Man, 2008), sua primeira e legítima produção. Mais fiel as HQs do que a maioria dos filmes que o antecederam, HF rendeu muito elogios ao estúdio, contudo a realização desse projeto só foi possível graças ao fato de que os direitos do personagem voltaram à Marvel – até então Homem de Ferro estava sob os domínios da Universal.


Por sua vez, Homem de Ferro 2 (Iron Man 2, 2010), Thor (2011) e Capitão América – O Primeiro Vingador (Capitain America – The First Avanger, 2011) vêm de outra parceria, agora entre a Marvel Studio a Paramount Pictures. Essa aliança se estendeu até a compra da Marvel pela Disney assegurando o blockbuster Os Vingadores. Em Homem de Ferro 3 (Iron Man 3, 2013), a Marvel novamente assumiu o projeto que teve a distribuição feita pela Walt Disney Pictures.

OS FILHOS UM DIA RETORNAM AO LAR

Em suma, enquanto os direitos de todos os personagens que foram vendidos aos outros estúdios não retornarem à Mavel/Disney dificilmente veremos Peter Parker ou Logan integrando os Vingadores, pois se trata de negócios, de dinheiro propriamente dito, já que lançar um filme é um investimento que pode trazer grandes retornos. Caso a Mavel/Disney tenha pretensões de usar personagens que ainda não estão sob seu domínio ela teria que pagar e, obviamente, os estúdios cobrariam uma fortuna por isso. Por hora, resta à Casa das Ideias esperar os contratos expirarem e ter de volta seus super-seres e nos contemplar com com novos arcos de aventura.

Por Jeferson dos Santos

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